Fundados em 2013 por Catarina Rôlo Salgueiro, João Pedro Mamede e Nuno Gonçalo Rodrigues, Os Possessos são um colectivo artístico que reúne pessoas de diversas áreas (teatro, cinema, música, ciência e literatura). Os Possessos trabalham em torno de projectos teatrais e performativos, tendo por base narrativas universais e a criação de uma ficção comum sobre a realidade entre os artistas e o público, com ênfase na dramaturgia contemporânea, criações colectivas e de autoria própria. Actualmente Os Possessos contam com cinco elementos: Catarina Rôlo Salgueiro, Isabel Costa, João Pedro Mamede, Leonardo Garibaldi, Leonor Buescu.

Catarina Rôlo Salgueiro

Nasceu em Lisboa em 1991. É diplomada em Teatro - Ramo Actores, pela Escola Superior de Teatro e Cinema e cocriadora do colectivo artístico Os Possessos. Como actriz, trabalhou com Maria João Luís/Teatro da Terra, Maria Duarte, Ricardo Neves-Neves/ Teatro do Eléctrico, Teresa Coutinho, Susana Gaspar, Teatro da Cidade, UmColectivo, Teatro Tapafuros, Byfurcação, Teatro Bocage, Companhia da Esquina,Teatro de Carnide e colaborou com o coletivo Building Conversation, no Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII). Com Os Possessos, participou em Rapsódia Batman (2014), II – A mentira (2015), Marcha Invencível (2017), O Novo Mundo (2018), Maratona de Manifestos (2021) e A Nossa Cidade (2021), tendo assinado as criações de A Bolha (2019), em conjunto com João Pedro Mamede, e Ainda Marianas (2022), em conjunto com Leonor Buescu. Assina ainda a criação de Para acabar com o julgamento de deus, de Antonin Artaud (2022), em conjunto com Jenna Thiam e Surma.

Fez assistência de encenação a Ricardo Neves-Neves (A Noite da Dona Luciana, de Copi, e Encontrar o Sol, de Edward Albee) e a Tiago Rodrigues (Sopro, de Tiago Rodrigues).

Em cinema trabalhou nos filmes Verão Danado e By Flavio, de Pedro Cabeleira, A Herdade, de Tiago Guedes e Sombras Brancas, de Fernando Vendrell.

Em televisão trabalhou com Fernando Vendrell (3 Mulheres) e na peça televisiva de Ricardo Neves-Neves para a RTP2 (A Preceptora).

João Pedro Mamede

Nasceu em Almada e ali começou a sua formação, no projecto Cena Múltipla, orientado por Francis Seleck, Pedro D'Orey e Catarina Pé-Curto.

Estreou-se em Março de 2011 com o monólogo A 20 de Novembro de Lars Nóren, encenação de Francis Seleck. Trabalha com os Artistas Unidos desde 2013, em textos de Georg Büchner, Antonio Tarantino, Simon Stephens, Jorge Silva Melo, Harold Pinter, David Greig, Tennessee Williams, Marguerite Duras, Raul Brandão, Heiner Müller e Dimítris Dimitriádis, entre outros. Em 2017, encena A estupidez de Rafael Spregelburd com os Artistas Unidos e em 2018 encena Sweet Home Europa de Davide Carnevali com o TNDMII.

Fundou a companhia Os Possessos, onde cria os espectáculos Rapsódia Batman (2014), II - A mentira (2015), Marcha invencível (2017) e O Novo Mundo (2018).

Em cinema, trabalhou com Ivo M. Ferreira, Jorge Silva Melo, Márcio Laranjeira, Mário Barroso, Pedro Cabeleira e Tiago Guedes.

Mais recentemente, participou no filme Ordem Moral de Mário Barroso, no espectáculo A vida vai engolir-vos de Anton Tchekhov/ Tónan Quito e na performance Salão para o século XXI de Isabel Costa.

 

Isabel Costa

É actriz e encenadora. Trabalha em teatro, cinema e em curadoria de artes performativas.

É licenciada em teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Completou a sua formação na Universidade de Warwick (Inglaterra) e na UNIRIO, no Rio de Janeiro.

É membro da companhia de teatro Os Possessos desde 2014.

Na área da curadoria trabalhou no Paço Imperial, no Rio de Janeiro, na Galeria Luis Serpa. Em 2016 termina o mestrado Eramus Mundus Crossways in Cultural Narratives, tendo passado por pela Universidade Nova de Lisboa, pela Universidade de Perpignan, em França, e pela Universidade de Guelph, no Canadá. 

Em cinema, trabalhou com Miguel Clara Vasconcelos, Miguel Nunes, Guilherme Daniel, Pedro Neves Marques, Leonor Noivo e Susana Nobre.

Em 2017 apresenta a sua primeira criação “Estufa-Fria-A Caminho de uma Nova Esfera de Relações” na Bienal de Jovens Criadores, e a primeira edição do Projeto Manifesta. Em 2019 dirige as criações “Maratona de Manifestos” e “Salão Para o Século XXI.” Apresentou o seu trabalho no Museu MAAT, no Teatro Municipal do Porto - Rivoli, no Festival Cumplicidades, na Galeria Hosek Contemporary, em Berlim, e no Festival Temps D'Images.

Em 2020/21 assina a curadoria do "Ciclo de Reenactments - Performance Arte Portuguesa". Em 2022, assina a curadoria do ciclo "Sound and Future - Four Tools to Unblock the Present". No final de 2021 é-lhe atribuída a Bolsa de Criação Espaço do Tempo BPI Fundação La Caixa, para o espectáculo "Som e Fúria".

Em 2023 dirige o espectáculo “Manifestos Para Depois do Fim do Mundo”, na Culturgest, na produção Os Possessos.

Leonardo Garibaldi

Nasceu em 1993, no Sardoal.

Em Lisboa desde 2008, frequentou a Escola Profissional de Teatro de Cascais entre 2009 e 2012.

Em 2013, funda a Inquietarte com Filipe Abreu, onde começa a encenar e produzir os projectos: D. Quixote e Sancho Pança (2013), O Cornudo Imaginário (2024), RAPE (2015/16) e Youth (2018).

Em 2016, fez assistência de encenação a Luis Miguel Cintra no espectáculo Música, de Frank Wedekind. Ainda na Cornucópia, foi actor no Recital Apollinaire. Seguiu-se o espectáculo Um D. João Português, de Molière (2017) com encenação de Luis Miguel Cintra.

Em 2018, faz assistência n’O Novo Mundo, um espectáculo d’Os Possessos, na Culturgest, e torna-se membro da companhia.

Ainda em 2018, começa a colaborar com a companhia Primeiros Sintomas, onde permaneceu até ao início de 2023, fazendo assistência de encenação no espectáculo Tio Vanya, com encenação de Bruno Bravo. No início de 2020, torna-se o Director de Produção da companhia, onde trabalha até ao início de 2023.

Ainda em 2020, cria o seu primeiro solo A vida e morte do meu cão Juno, que estreou no Centro de Artes de Lisboa, passando pelo Auditório Lopes Graça (2021), pelo Espaço Casa Cheia (2022) e pelo Centro Cultural Gil Vicente (2023). 

Em 2022, produz com Os Possessos, o espectáculo Ainda Marianas, de Catarina Rôlo Salgueiro e Leonor Buescu, estreado no Teatro Nacional D. Maria II.

No ano seguinte, com Os Possessos, produz o projecto Manifestos para depois do fim do Mundo, de Isabel Costa, e ainda intérprete e co-cria com a companhia, o espectáculo para a infância Eu não sabia que podia no Lu.Ca.

Em 2024, fez parte do elenco do espectáculo Victor ou as crianças no poder, uma encenação de João Pedro Mamede em co-produção de Os Possessos com os Artistas Unidos, e estreará a sua criação Last Call, em Outubro deste ano.

Como produtor freelancer trabalhou em projectos de Teresa Coutinho/Agência 25, Jenna Thiam, Mariana Norton, Sul Associação, Luis Miguel Cintra, Sara Inês Gigante e Mário Coelho.

 

Leonor Buescu

É licenciada em História da Arte e Mestre em Estudos de Teatro pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Como actriz trabalhou no espectáculo VICTOR OU AS CRIANÇAS NO PODER (2024), encenado por João Pedro Mamede, A FONTE DA RAIVA (2023), de Cucha Carvalheiro, MANIFESTOS PARA DEPOIS DO FIM DO MUNDO (2023), de Isabel Costa, SET THE TABLE (2022), de Cristina Carvalhal e Raquel André, em A NOSSA CIDADE (2021), encenação colectiva de Os Possessos, Teatro da Cidade e Auéééu, em NUNCA VISTO (2020) de Miguel Maia, em A DAMA DAS CAMÉLIAS (2019) de Miguel Loureiro, em NESTA HORA PRIMEIRA (2016) de Jorge Silva Melo, em A HISTÓRIA TRÁGICA DA VIDA E MORTE DE DOUTOR FAUSTO (2016) de Bruno Bravo, entre outros. Foi assistente de encenação de Cristina Carvalhal, de Miguel Loureiro, de João Perry e Diogo Infante, tendo ainda colaborado com Raquel André na EXPOSIÇÃO DE AMANTES (2021).

Faz parte da companhia de teatro Os Possessos, com quem escreveu O NOVO MUNDO, apresentado na Culturgest, em 2018.

Em 2022 encenou e fez a dramaturgia de AINDA MARIANAS, a partir do livro Novas Cartas Portuguesas, estreado no Teatro Nacional D. Maria II, e do espectáculo SE EU MORRER QUERO QUE SAIBAS, no CAL – Centro de Artes de Lisboa.